29 novembro 2007

Garatujar
do It. grattugiare, esfarelar com ralo

v. tr. e int.,
cobrir com garatujas;
fazer garatujas;
rabiscar.

07 novembro 2007

Se calhar é, mas a questão está em a gente se perguntar se aquilo que andamos a viver responde ou não à chamada do que pressentimos dentro de nós. Sabes que não me julgo melhor do que os outros, acho é que, a certa altura, fiz as minhas opções (...). Sinto um enorme enternecimento pelas pessoas mas, algumas vezes, quando vejo a maneira como se vive dentro da pequenez das aspirações, a mesquinha intriga da comédia humana, compreendo aquele sorriso de Deus que conta Alberto Caeiro: "Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens / E ele sorri porque tudo é incrível". O sistema tem que andar e até há pessoas que nele se sentem bem. Tenho é pena daqueles que trocam a riqueza do que têm por dentro em inquietação e risco pela comodidade que ele lhes dá. (...)
É muito incómodo viver em tempo de mudança. A gente sofre muito mais por causa das coisas herdadas do que por causa de coisas escolhidas. Os modelos em que vivemos não servem mas não sabemos ainda onde vamos morar. Ficámos presos nas ruínas das casas antigas e não conseguimos libertar-nos delas. (...) as coisas, mais que a nossa vontade, dependem do peso dessa herança desmoronada. As instituições, mesmo em ruínas, permanecem erguidas no subconsciente até daqueles que se querem livres. Depois, é preciso não confundir o problema do amor com o da nossa solidão porque o movimento do mundo nos faz estar cada vez mais sós e as pessoas não aprenderam ainda a estar consigo. (...)
Aquele que vive bem consigo é que pode amar e ser solidário, desinteressadamente.
in Riso de Deus de Alçada Baptista

06 novembro 2007

- Vou guardar as tuas mãos na paixão que tenho por ti, mas não te posso revelar o meu nome, nem precisas de o saber.
Chama-me o que quiseres, dá-me um nome para que possamos amarmo-nos.
Aquele que tinha perdi-o no caminho até aqui.
Pertencia a outra paixão, e já a esqueci.
Dá-me tu um nome para eu poder ficar contigo...
Al Berto

05 novembro 2007

O sofrimento também está inscrito na nossa vida e, algumas vezes, o uso da nossa liberdade, faz sofrer os outros. Paciência. Devemos é ter cuidado em não os magoar mas às vezes não prevemos que isto possa ser possível e que possa perturbar o caminho da nossa liberdade. (...) Tudo, mesmo o magoar, pode ser feito com amor.
in Tecido Outono
António Alçada Baptista

04 novembro 2007


How can it be, has the whole world turned blind?
Or is it just ’cause it’s only affecting my kind?!

...velhas trapaças...