Quem sou hoje olha para quem eu era nesse tempo e encontra-lhe enormes defeitos. Achando que tentava sobreviver, cometi muitos erros. Talvez aqueles com que não me voltei a cruzar acreditem que ainda sou o mesmo. Talvez a vida me dê oportunidades de me redimir perante esses olhares, ou não, talvez a única redenção possível seja aquela que, em consciência, for capaz de dar a mim próprio. (…)
O bom e o mau constroem-me todos os dias. Não se trata duma desculpa de quem perdeu. A vida não aceita desculpas.
José Luís Peixoto in crónica da visão desta semana
*Vergílio Ferreira