olá disseste (...)
Eu beijo-te. Sabes a maçã, a Julho, talvez a Deus. Por mais estranho que pareça, (...)
Sem pudor, sem pecado, sem remorso.
Estamos nus na sala de bilhar, é Julho, posso jurar que é Julho, dizemos palavras proibidas que pelo modo como as dizemos são santas e sagradas, os nossos gestos são castos, talvez perigosos, mas castos, ou, pelo menos, inocentes. Estamos nus, é Julho. E o espírito de Deus, se Deus existe, paira de certeza sobre nós.
in A Terceira Rosa - Manuel Alegre
[durante esta semana, várias vezes, também perguntei aos nossos mortos se podia fechar os olhos. Eles disseram que sim, claro que sim. E pediram para não lhes fazer mais perguntas, disseram que a resposta será sempre sim.
* José Luís Peixoto ]
3 comentários:
Ai aquele livro...sp aquele livro (sabes, confesso q nao o meti nas minhas escolhas la no blogue por nao o querer partilhar! q doença... :) nao?)
invejosa, ti ;)
gosto tanto de josé luis peixoto:)* bonitos estes excertos da crónica... beijo grande
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