15 fevereiro 2009

da embriaguez de palavras, do milagre da Póvoa

fica a descoberta...

Recordar-te.
Não sei de que ilha da memória olhas o mar.
Os cafés agitam-se a esta hora, entram e saem os vultos
da cidade.
Estou aqui e penso. Volto páginas do livro que leio, bebo café,
oiço um samba.
De repente apareces com a tua voz rouca. Fecho os olhos.
É dentro de mim que ainda te vejo. É sempre verão:
sinto o fulgor das palmeiras nas tuas mãos.
Levo-as à boca.
O sol calmo e macio
de setembro corre-te a pele,
deixa-te
entre os dedos quatro sílabas
e um trilho no deserto dos dias.

Eduardo Bettencourt Pinto


[de volta, a realidade...]

2 comentários:

Ana disse...

hmmm:) acho q vou gostar de descobrir :D *

Rui disse...

parece que valeu a pena, Marta...
upsss :-$

bjks ;-)

...velhas trapaças...