fica a descoberta...
Recordar-te.
Não sei de que ilha da memória olhas o mar.
Os cafés agitam-se a esta hora, entram e saem os vultos
da cidade.
Estou aqui e penso. Volto páginas do livro que leio, bebo café,
oiço um samba.
De repente apareces com a tua voz rouca. Fecho os olhos.
É dentro de mim que ainda te vejo. É sempre verão:
sinto o fulgor das palmeiras nas tuas mãos.
Levo-as à boca.
O sol calmo e macio
de setembro corre-te a pele,
deixa-te
entre os dedos quatro sílabas
e um trilho no deserto dos dias.
Eduardo Bettencourt Pinto
[de volta, a realidade...]
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2 comentários:
hmmm:) acho q vou gostar de descobrir :D *
parece que valeu a pena, Marta...
upsss :-$
bjks ;-)
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