No insondável de nós, com a sua mutabilidade, se decide radicalmente a escolha do quem somos. E é esse quem somos que se enfrenta com as inumeráveis situações em que o sabemos – ou ficamos sem saber até à morte para muitas situações que a sorte nos tirou do caminho. É nessa relação da nossa liberdade com o incognoscível de nós que se cria o nosso «equilíbrio interior» - que é o único fundamento para as verdades humanas, com a determinação sensível do que está certo ou errado. A verdade é o amor – escrevi um dia. Porque toda a relação do mundo se funda na sensibilidade, como se aprendeu na infância e não mais se pode esquecer. (…)
o que exprime o nosso equilíbrio interior, gerado no impensável ou impensado de nós, é um sentimento estético, um modo de sermos em sensibilidade, antes de o sermos em razão ou mesmo em inteligência. Porque só se entende o que se entende connosco, ou seja, como no amor, quando se está «feito um por o outro». Só entra em harmonia connosco o que o nosso equilíbrio consente. E só o consente, se o amar. (...)
o que exprime o nosso equilíbrio interior, gerado no impensável ou impensado de nós, é um sentimento estético, um modo de sermos em sensibilidade, antes de o sermos em razão ou mesmo em inteligência. Porque só se entende o que se entende connosco, ou seja, como no amor, quando se está «feito um por o outro». Só entra em harmonia connosco o que o nosso equilíbrio consente. E só o consente, se o amar. (...)
* do impensável (Vergílio Ferreira in Pensar)
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