27 fevereiro 2012

21 fevereiro 2012

alturas há

em que não gosto que o tempo me dê razão.

[but we can be free of our sad histories]

08 fevereiro 2012

sentir é muito lento *

* Paulo Leminski

A repórter do JN conta que ele somou, ao longo destes anos, mais de 20 mil horas de quietude. Bela palavra que não nos chama para a imobilidade pétrea, mas para o progresso lento. Confúncio aconselhava a que não temessemos esse exercício intenso e minimal e talvez o mais antigo homem estátua português o tenha adoptado como lema quando arrebatou um dos seus quatro recordes, o de menor velocidade em marcha, ao percorrer 150 metros em 8 horas. Kundera pode tê-lo admirado à distância numa dessas cidades onde se transformou em estátua, em "campeão da quietude", antes de formular aquela ideia forte do livro "A lentidão" segundo a qual o grau de lentidão "é directamente proporcional à intensidade da memória" enquanto o grau da velocidade "é directamente proporcional à intensidade do esquecimento". (...)
Não perderás nada se te demorares esta manhã diante da última página do JN.
Sem pressas. Deixa que o teu olhar seja mais próximo do do polícia que passa e
deita uma moeda para o boné do homem estátua. Sem pressas. Como avisa um poema
de Paulo Leminski, "sentir é m
uito lento".
são os sinais de Fernando Alves

06 fevereiro 2012

we are not old or young

"My husband. My heartbreak. Feels so easy now. Here. You're not the cheat or the liar. I'm not the nag or the shrew. And we are not old or young. There's no bitterness or illusions. No need for free or for hope. We're just spirits drifting through this perfect earth together. We can be free of our sad histories. They float away till they’re like memories of a dream from the night before. Shadows under the water. And what’s left is pure life."
Parabéns, meu amor

...velhas trapaças...