04 outubro 2013

resumo do dia

Que talvez viver muitos anos, morrer de velho, seja um património de duas espécies de gente: dos que renovam paixão pelo que fazem, sentem e são; e dos que sobrevivem por hábito. Não há outra forma. Porque se, porventura, for uma pessoa apaixonada que soçobrou à desilusão ou ao cansaço, ou se já sentiu nem que seja por um dia a volúpia de crer, acabará por se desintegrar mais rapidamente. Por isso arrisco dizer-lhe: se lhe for impossível acreditar em projectos e novas esperanças, torne o hábito na sua profissão. Habitue-se. Sem riscos, sem fugas, sem paixões, revoluções, tentações. Porque o hábito conserva. Congela-nos numa espécie de vida. Luís Osório

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