Talvez eu, sim, talvez eu saiba, de vez em quando, devagarinho ou com o ímpeto do vulcão que explode, da queda de água que morre na lagoa, que da violência da queda passa à calma do rio que corre, que corre e vai, às vezes sem saber para onde, guiado pelas margens que às vezes oprimem e que é preciso galgar, galgar para ver o outro lado, o para além de lá, do outro lado, onde não estou, onde não fui, mas onde quero ir, às vezes só para ver, às vezes para habitar, às vezes só para ser, para ser sonhos lindos ou abismos de horror, porque o mundo é assim, porque a vida é assim, porque para além das minhas margens que quebro, há tudo isso, há todo o mundo e às vezes há ninguém.
Que para o ano, para todos haja alguém, sempre...
Frei Fernando Ventura
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