que me apetece fechar a conta do facebook.
[sem paciência]
28 fevereiro 2015
26 fevereiro 2015
23 fevereiro 2015
18 fevereiro 2015
14 fevereiro 2015
poemas de amor
[não, não ligo à data]
Esta manhã foi-me dado um verso mas antes
de o dizer direi
que sinto a melancolia que o poeta sente
antes de escrever o seu poema. Nada
mais. O verso
foi-me dado sem o pedir estava eu
a ornamentar com pétalas da minha boca
a pele de quem amo, a desviá-las
de um vale para o outro, do ventre para os seios
dos seios para o pescoço
os dedos a boca os cabelos
enquanto ouvíamos o álcool dos anjos
o Stabat Mater de Pergolesi e subitamente
lembrei-me que beijos são pequenos animais
perseguidos, conchas de som que nascem
junto dos ribeiros que vão correndo para os campos
de batalha onde foram ninhos de
cerejeiras; estava eu a despir a camisa
de quem amo e foi então que o verso
caiu, dois versos, entre o meu corpo e o corpo
dela como se eu o tivesse copiado
de um poema de Kavafis: O rio mais íntimo que posso dar-te
é o silêncio. E continuei a amá-la
silenciosamente.
Casimiro de Brito in Livro das Quedas
das melhores coisas que já se escreveram. e estamos a menos de duas semanas do início das Correntes
Esta manhã foi-me dado um verso mas antes
de o dizer direi
que sinto a melancolia que o poeta sente
antes de escrever o seu poema. Nada
mais. O verso
foi-me dado sem o pedir estava eu
a ornamentar com pétalas da minha boca
a pele de quem amo, a desviá-las
de um vale para o outro, do ventre para os seios
dos seios para o pescoço
os dedos a boca os cabelos
enquanto ouvíamos o álcool dos anjos
o Stabat Mater de Pergolesi e subitamente
lembrei-me que beijos são pequenos animais
perseguidos, conchas de som que nascem
junto dos ribeiros que vão correndo para os campos
de batalha onde foram ninhos de
cerejeiras; estava eu a despir a camisa
de quem amo e foi então que o verso
caiu, dois versos, entre o meu corpo e o corpo
dela como se eu o tivesse copiado
de um poema de Kavafis: O rio mais íntimo que posso dar-te
é o silêncio. E continuei a amá-la
silenciosamente.
Casimiro de Brito in Livro das Quedas
das melhores coisas que já se escreveram. e estamos a menos de duas semanas do início das Correntes
novas paixões
a galiza e os galegos
e, josé tolentino mendonça
Esquecemo-nos que as estações se conjugam como um verbo e que, por isso, a pimavera não é apenas um fenómeno exterior, um substantivo que descreve anualmente a natureza à nossa volta, mas é uma realidade que posso dizer de mim: 'eu primavero'.
Primaverar é persistir numa atitude de hospitalidade em relação à vida. Ao lado do previsto, irrompe o imprevisível que precisamos aprender a acolher.
A sabedoria dos que primaveram não consiste, assim, num reconhecimento prévio, mas em alguma coisa que se descobre na habitação do próprio caminho.
05 fevereiro 2015
03 fevereiro 2015
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