... e por vezes as noites duram meses ...
... e por vezes os meses oceanos ...
... e por vezes ...
... e não só a garganta mas também todos os poros me ficavam obstruídos pela inesperada evocação dos demorados jogos dos seus dedos, dos sinuosos e absortos percursos da sua boca, das inúmeras marcas derramadas que toda a sua pele tinha deixado à superfície e no interior da minha. Pela primeira vez sentia eu o corpo a gemer em segredo, a uivar, em silêncio, com exasperantes saudades de outro corpo. ...
... e por vezes fingimos que lembramos ...
... e por vezes lembramos que por vezes ...
... ah por vezes ...
David Mourão Ferreira (in um amor feliz - itálico)
2 comentários:
:'-)
... é o próximo;)
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