27 dezembro 2007
16 dezembro 2007
12 dezembro 2007
03 dezembro 2007
29 novembro 2007
07 novembro 2007
É muito incómodo viver em tempo de mudança. A gente sofre muito mais por causa das coisas herdadas do que por causa de coisas escolhidas. Os modelos em que vivemos não servem mas não sabemos ainda onde vamos morar. Ficámos presos nas ruínas das casas antigas e não conseguimos libertar-nos delas. (...) as coisas, mais que a nossa vontade, dependem do peso dessa herança desmoronada. As instituições, mesmo em ruínas, permanecem erguidas no subconsciente até daqueles que se querem livres. Depois, é preciso não confundir o problema do amor com o da nossa solidão porque o movimento do mundo nos faz estar cada vez mais sós e as pessoas não aprenderam ainda a estar consigo. (...)
Aquele que vive bem consigo é que pode amar e ser solidário, desinteressadamente.
06 novembro 2007
Chama-me o que quiseres, dá-me um nome para que possamos amarmo-nos.
Aquele que tinha perdi-o no caminho até aqui.
Pertencia a outra paixão, e já a esqueci.
Dá-me tu um nome para eu poder ficar contigo...
Al Berto
05 novembro 2007
António Alçada Baptista
04 novembro 2007
28 outubro 2007
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
25 outubro 2007
14 outubro 2007
12 outubro 2007
Al Berto
in O Anjo Mudo
11 outubro 2007
08 outubro 2007
03 outubro 2007
27 setembro 2007
Trabalhos do Olhar
Escrevo-te a sentir tudo isto...e num instante de maior lucidez poderia ser o rio
as cabras escondendo o delicado tilintar dos guizos
nos sais de prata da fotografia
poderia erguer-me como o castanheiro dos contos
sussurrados junto ao fogo
e deambular trémulo com as aves
ou acompanhar a sulfurica borboleta revelando-se
na saliva dos lábios
poderia imitar aquele pastor
ou confundir-me com o sonho de cidade
que a pouco
e pouco morde a sua imobilidade.....
...habito neste país de água por engano
são-me necessárias imagens , radiografias de ossos
rostos desfocados
mãos sobre corpos impressos no papel e nos espelhos
repara.....
nada mais possuo
a não ser este recado que hoje segue manchado
de finos bagos de romã
repara....
como o coração de papel amareleceu no esquecimento
de te amar.....
Al Berto
25 setembro 2007
na mais obscura solidão das searas e gemer
Amassar com os dentes uma morte íntima
Durante a sonolência balbuciante das papoulas
Prolongar a vida deste verão até ao mais próximo verão
para que os corpos tenham tempo de amadurecer
...colher em tuas coxas o sumo espesso
e no calor molhado da noite seduzir as luas
o riso dos jovens pastores desprevenidos... as bocas
do gado triturando o restolho.... as correrias inesperadas
das aves rasteiras
...e crescerei das fecundas terras ou da morte
que sufoca o cio da boca...
...subirei com a fala ao cimo do teu corpo ausente
transmitir-lhe-ei o opiáceo amor das estacões quentes.
Al Berto
24 setembro 2007
..."mas hoje, ainda longe daquele grito, sento-me na fímbria do mar. Medito no meu regresso. Possuo para sempre tudo o que perdi. E uma abelha pousa no azul do lírio, e no cardo que sobreviveu à geada. Penso em ti. Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto – aqui sentado, junto à janela fechada. Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez, e na ténue luminosidade que se recolhe ao horizonte acaba o corpo. Recolho o mel, guardo a alegria, e digo-te baixinho: Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge."...
21 setembro 2007
20 setembro 2007
19 setembro 2007
18 setembro 2007
17 setembro 2007
- E a si, o que vamos servir?
- O mesmo que ele."...
15 setembro 2007
in "Para Sempre"
Vergílio Ferreira
14 setembro 2007
13 setembro 2007
"Mas o mais que me foi dado sentir, ou pensar, ou desejar, foi o excesso de algo que no sensível não é apenas sensível"
Eduardo Prado Coelho
"e nessa aventura de relação amorosa, o reconhecimento do mistério do outro faz-se, antes de mais, pela ternura. O próprio dom do corpo, acolhendo o outro que se entrega, encontra na ternura o seu sentido mais sublime"
D. José Policarpo
05 agosto 2007
O Sorriso
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
Eugénio de Andrade
31 julho 2007
30 julho 2007
27 julho 2007
26 julho 2007
Inquietos
Como me sabia bem libertá-los da mente. Ficar livre. Levitar.
...velhas trapaças...
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